Como Vila Velha superou a pior inundação em 20 anos com tecnologia HIGRA

Em 2013, Vila Velha (ES) enfrentou uma das maiores emergências hídricas de sua história. O Rio Jucu transbordou, o Canal de Guaranhuns ficou completamente tomado pela água e diversos bairros foram alagados em poucas horas. A cidade, que não estava preparada para um evento extremo dessa magnitude, viu-se diante da necessidade de agir rapidamente para proteger moradores, restabelecer acessos e evitar que o cenário se agravasse ainda mais.

As primeiras ações adotadas tinham caráter emergencial e seguiam o que costuma ser feito em situações desse tipo: utilização de bombas de pequeno porte e abertura de uma vala para o mar como rota alternativa de drenagem. Porém, essas medidas logo se mostraram insuficientes diante da quantidade de água represada e da força das marés que destruíram a vala improvisada poucas horas depois. Além de ineficaz, a solução gerou impacto ambiental e motivou uma ação judicial.

Com as bombas temporárias operando no limite e sem resultados expressivos, ficou claro que Vila Velha precisava de uma solução muito mais robusta. A pergunta que guiava gestores e equipes técnicas era simples e urgente: como controlar um volume tão alto de água sem obras extensas, sem tempo hábil e sem condições adequadas de operação?

A resposta veio com a tecnologia da HIGRA.

Mudança de cenário com a chegada da primeira Bomba Anfíbia HIGRA

O cenário começou a se transformar quando a cidade recebeu uma Bomba Anfíbia HIGRA S1-620/300B, emprestada pela empresa Fibria. Esse equipamento, projetado para ambientes críticos e grandes volumes de água, trouxe um salto tecnológico decisivo para o enfrentamento da enchente.

A bomba oferecia 6.000 m³/h de vazão, quatro vezes mais capacidade do que o conjunto das bombas inicialmente acionadas. Isso permitiu, logo nas primeiras horas de operação, reduzir de forma perceptível o nível de água no canal, algo que antes parecia inviável.

A instalação foi concluída em apenas 48 horas, um tempo extremamente reduzido para um equipamento dessa escala, uma vez que a tecnologia anfíbia da HIGRA permite adaptação rápida ao cenário existente, com mínima necessidade de obra civil. Após instalada, ela operou continuamente por 15 dias, mantendo estabilidade, alta eficiência e segurança operacional durante todo o período crítico.

Esse foi o ponto decisivo de virada. A partir desse momento, a cidade finalmente recuperou o controle sobre o avanço da água e ganhou tempo para planejar uma solução definitiva.

Nascimento da EBAP Guaranhuns

Com a emergência controlada, Vila Velha iniciou o desenho de uma solução definitiva para impedir que a região voltasse a enfrentar episódios semelhantes. Assim surgiu o projeto da EBAP Guaranhuns, concebido para atender 10 bairros e garantir capacidade de drenagem adequada mesmo em picos extremos de chuva.

A solução adotou 4 bombas HIGRA S1-620/175B, somando 18.000 m³/h de capacidade total, conectadas por tubulação PEAD de 600 mm. O sistema foi pensado para funcionar de maneira contínua, com alta durabilidade e com manutenção simplificada — fatores essenciais para regiões sujeitas a variações de nível do mar e grande oscilação hídrica.

A escolha da HIGRA como fornecedora da solução definitiva levou em conta diversos aspectos, entre eles a experiência em projetos de drenagem urbana, a viabilidade operacional e financeira e o tempo de entrega de apenas 60 dias. Além disso, a tecnologia anfíbia reduziu a necessidade de obras complexas, otimizando custos e acelerando a implantação.

Ao final da instalação, a EBAP Guaranhuns transformou-se em um marco no sistema de drenagem de Vila Velha, oferecendo confiabilidade e segurança permanente aos moradores da região.

Veja mais sobre as soluções HIGRA para Drenagem Urbana

Expansão do modelo: Canal da Costa e Sítio Batalha

O êxito do projeto de Guaranhuns rapidamente virou referência e motivou a expansão da solução para outras áreas importantes do município. Em um segundo ciclo de investimentos, Vila Velha ampliou sua capacidade de drenagem com novos conjuntos de bombeamento.

Na EBAP Canal da Costa, foram instaladas 10 bombas HIGRA S1-630/175B, totalizando 54.000 m³/h de capacidade. Trata-se de um dos maiores sistemas de bombeamento para drenagem urbana da região, garantindo desempenho elevado em períodos de grande acúmulo hídrico.

Já na EBAP Sítio Batalha, outras 2 bombas HIGRA S1-630/175B foram adicionadas ao sistema, complementando o atendimento a áreas sensíveis e aumentando a resiliência das regiões mais baixas do município.

Com essa expansão, Vila Velha consolidou um modelo robusto de gestão hídrica urbana, preparado não apenas para emergências, mas para um planejamento contínuo e eficiente.

Indicadores que comprovam a transformação da cidade

O conjunto das soluções implementadas trouxe resultados expressivos e mensuráveis, consolidando Vila Velha como referência nacional em drenagem urbana moderna.

Principais resultados

• 16 bombas HIGRA instaladas, somando todas as etapas do projeto.
• +74.000 m³/h de capacidade total de bombeamento distribuída nos sistemas.
• +200 mil pessoas beneficiadas, diretamente impactadas com a redução de alagamentos.

Além dos números, o município ganhou estabilidade operacional, redução de custos de manutenção emergencial e a segurança de contar com um modelo replicável e preparado para eventos climáticos cada vez mais severos.

Lições aprendidas e o legado para outras cidades

A experiência de Vila Velha deixou aprendizados importantes que podem ajudar gestores de outros municípios que enfrentam desafios semelhantes.

1. Soluções emergenciais exigem tecnologia robusta

Equipamentos de baixa capacidade não conseguem enfrentar eventos de grande escala. A escolha técnica adequada define o sucesso ou fracasso da intervenção.

2. Parcerias aceleram a resposta

A cooperação entre empresas privadas e o poder público permitiu mobilização rápida e eficiente, reduzindo danos e riscos.

3. Investir em tecnologia reduz custos futuros

Sistemas modernos, como os de bombeamento anfíbio, oferecem menor TCO, maior vida útil e menor demanda por obras civis.

4. Obras inteligentes evitam impactos ambientais

Projetos bem planejados substituem improvisos que podem gerar danos ecológicos e jurídicos, como ocorreu com a vala aberta para o mar.

5. A transformação acontece em fases

O que começou como uma atuação emergencial evoluiu para um plano estruturado, replicado em diferentes bairros e ampliado conforme as necessidades da cidade.

Como tecnologia e planejamento salvaram Vila Velha

O case de Vila Velha demonstra que gestão de drenagem urbana não é apenas uma questão de obra pública — é uma decisão estratégica que envolve engenharia, tecnologia, respostas rápidas e visão de longo prazo.

A HIGRA desempenhou um papel fundamental nessa transformação, entregando um sistema completo de bombeamento capaz de lidar com grandes volumes, operar em condições adversas e reduzir drasticamente o risco de inundações.

Hoje, o município colhe os resultados dessa escolha: uma infraestrutura mais segura, preparada e resiliente diante de eventos climáticos extremos, apoiada por tecnologia nacional e por um planejamento que coloca as pessoas no centro da decisão.

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